O que é a catarata?
A catarata acontece quando o cristalino, lente transparente natural do olho, se torna opaca, prejudicando a visão do paciente. A evolução da catarata nos olhos é lenta e, por períodos que podem variar de meses a anos, o paciente não nota que está ficando com a visão prejudicada.
Algumas vezes, o uso de óculos pode melhorar a visão antes da cirurgia. Contudo, se a visão ficar prejudicada mesmo com os óculos, é recomendado procurar por um especialista em catarata, pois a cirurgia é necessária.
Aqueles pacientes que demoram a procurar tratamento com um especialista em catarata, ou que não querem fazer a cirurgia, correm o risco de evoluir para cegueira total pela progressiva evolução da mesma.
A doença costuma se desenvolver a partir dos 60 anos de idade, quando metade das pessoas apresenta catarata.
Como se desenvolve a catarata nos olhos?
Geralmente, após os 60 anos, as proteínas que formam o cristalino começam a sofrer alterações bioquímicas e estruturais, aumentando de espessura. Isso propicia o desenvolvimento de catarata, que é a perda da transparência do cristalino.
Tipos de catarata. Especialista de catarata explica
Os tipos mais comuns de catarata são:
– Senil: é a mais comum, relacionada com a idade avançada;
– Secundária: nesse caso, as causas podem ser diversas, como diabetes, uveítes (inflamações dos olhos), descolamento de retina, alta miopia, trauma, uso de corticoides, distrofias de retina, entre outras;
– Congênita: quando a criança nasce com catarata nos olhos e, nesse caso, é preciso avaliar se há outros fatores influenciando, como doenças genéticas (síndrome de Down, por exemplo) e causas infecciosas, como rubéola, toxoplasmose, citomegalovírus, entre outras.
Causas da catarata
Inúmeras pessoas perguntam o que causa a catarata nos olhos. Entre os fatores de risco, temos:
– Diabetes;
– Radiação ultravioleta provinda do sol e outras fontes;
– Histórico familiar;
– Miopia alta;
– Tabagismo e abuso de álcool;
– Uso de corticoides por tempo prolongado;
– Uveítes ;
– Trauma;
– Vitrectomia posterior para doenças da retina, como descolamento de retina e sangramento no diabético;
– Exposição frequente a raio-x;
– Distrofias de retina.
Sintomas da catarata
A catarata causada por questões de idade tem o desenvolvimento lento e gradual e, por isso, os sintomas são notados apenas quando ela está mais avançada.
Os sintomas dos quais os pacientes mais se queixam são:
– Visão embaçada ou desfocada;
– Cores com tonalidades fracas;
– Espalhamento da luz – um halo pode aparecer ao redor da luz;
– Visão noturna ruim;
– Visão dupla ou mais de uma imagem com um dos olhos;
– Aumento da sensibilidade à luz (fotofobia);
– Visão dupla em um dos olhos;
– Mudança frequente da receita do grau de óculos.
A foto abaixo mostra como o paciente com catarata passa a enxergar embaçado
Diagnóstico da Catarata
O diagnóstico e posterior tratamento da catarata devem ser realizados por um oftalmologista que seja especialista em catarata.
Para o diagnóstico de catarata senil, os seguintes exames são solicitados:
Teste da visão
Por meio desse teste, o médico avaliará o quanto o paciente está enxergando. Para a realização desse exame, um monitor com letras é colocado na frente do paciente e o mesmo é solicitado a falar até a menor letra que conseguir ler.
Exame da lâmpada de fenda
Após a dilatação pupilar com colírio, usando a lâmpada de fenda que é como se fosse um microscópio, é feito o exame de biomicroscopia, por meio do qual o oftalmologista consegue ver detalhes do interior do olho humano.
Sendo assim, há a possibilidade de avaliar a pálpebra, a córnea (lente da frente do olho), a íris (parte colorida do olho) e o cristalino, se ele está transparente ou se tem catarata.
Abaixo o vídeo mostrando o cristalino apresentando opacidade na sua região central. Catarata Rony Preti
Tonometria
Esse exame consiste na medida da pressão do olho para avaliar se o paciente tem glaucoma. Um colírio anestésico é pingado no olho do paciente e o toque de um aparelho pequeno na córnea vai trazer a informação sobre a pressão do olho. A pressão pode ser feita com o sopro de ar de um aparelho.
Mapeamento de retina
Nesse exame, um colírio é pingado no olho do paciente para dilatar a íris, parte colorida do olho, a fim de que o fundo do olho possa ser examinado para detectar outras doenças da retina, como o descolamento de retina, e do disco óptico, como o glaucoma. O oftalmologista utiliza um aparelho que emite luz e uma lente de aumento para auxiliá-lo no exame. Saiba mais sobre mapeamento de retina.
Microscopia especular
Exame utilizado para avaliar se a camada da córnea, chamada de endotélio, está em condições saudáveis para promover a cicatrização da cirurgia de catarata, pois se o endotélio tiver pouco número de células, o paciente pode ter que ser submetido a um transplante de córnea no futuro.
Tomografia de coerência óptica
Para aqueles pacientes que desejam colocar uma lente intraocular multifocal (que será explicada mais adiante) e foi observada alguma alteração da retina, pode ser necessário realizar esse exame, com o objetivo de ver a possibilidade de se colocar esta lente.
Na catarata congênita, o diagnóstico se faz no berçário ou no consultório, já com o “teste do olhinho”, quando uma luz ilumina a pupila do bebê ou com o mapeamento de retina. Saiba mais sobre tomografia de coerência óptica.
Tratamento de catarata
A catarata nos olhos tem cura e o tratamento é a cirurgia. É preciso lembrar que a cirurgia de catarata, por não ser isenta de riscos, deve ser indicada quando o grau de catarata que o paciente apresenta está afetando a sua qualidade de vida.
Quando o bebê apresenta catarata congênita, é necessário ter atenção especial aos pais, pois eles podem se desesperar com o diagnóstico. Contudo, nem toda catarata congênita deve ser operada – somente aquelas que afetam a visão central do bebê – e o tratamento deve ser feito o mais rápido possível.
Resumidamente, a cirurgia de catarata consiste na retirada do cristalino opaco e na colocação de uma lente chamada de lente intraocular no lugar do mesmo, que tem a finalidade de ficar “para sempre” dentro do olho do paciente. Saiba mais sobre a cirurgia de catarata.
Abaixo o vídeo de animação 3D da cirurgia.
Lentes intraoculares por especialista em catarata
Todo paciente que opera tem que colocar uma lente dentro do olho senão não enxergará após a cirurgia. Existem vários tipos de lentes que podem ser usadas por especialista em catarata, sendo as mais comuns chamadas de:
Monofocais, figura abaixo, calculadas para o paciente enxergar bem de longe. Então, obrigatoriamente, haverá a necessidade de óculos para perto.
Nos últimos anos, vêm ganhando grande destaque as lentes “multifocais”, que possibilitam ao paciente ver de longe e de perto sem a necessidade de usar óculos durante todo o dia ou grande parte dele.
Muitos pacientes confundem a lente multifocal com o óculos multifocal achando que não irão se adaptar ou que a lente deve ser tirada e colocada no olho todos os dias.
Primeiro, é que a lente é colocada dentro do olho e assim fica para sempre, não tendo o paciente, que tirar e colocar. Segundo, o princípio da lente intraocular multifocal é totalmente diferente do óculos multifocal! Figura abaixo.
Para saber mais sobre as lentes “multifocais” que vão dentro do olho, favor clicar no link.